Thursday, November 29, 2007

Tiny Wenny Little Crime

the more a see you
the more I love you

my passion to build boxes is endeless
from scrap sometimes to ready made boxes of vodka or wine
there's a history behind every empty one,
screaming to come out.

Like this one:
Tiny weeny little crime in a box.

C.L.DeMedeiros - mix media - 2008

Et Cum Spiritu Tuo

mix media by C.L.Medeiros - 2008

Wednesday, November 28, 2007

Saturday, September 15, 2007

Talvez - Pehaps


Uma mente criativa- A creative mind
Sofre demente - Insane suffer
Mas nao desiste... - But don't quit ...

Uma mente vazia - An empty mind
Pensa que vive - Think it's alive

Na existencia passiva - Passive existence
Sempre exita - Always in doubt

Mas dissimula - But disguise

Firulas... - Nonsense

Se a mente vem de deus - If mind comes from god
Volta pra luz - Go back to the light

Se vem na pura energia - If comes from pure energy
De mim - Of myself

Vai pra lugar nenhum - There's no place to go
E nem por isso - Not because of this
Sofro - I suffer

Apenas vivo ! - I only live !


C.L.DeMedeiros - 2007


Saturday, July 28, 2007

wowan - nonan - moman - wawan - woman










mulheres
tao iguais
todas iguais
que sao diferentes

todas mulheres
todas todas
tao diferentes

mulheres todas
todas diferentes
que sao iguais

todas mulheres
que genial;
quando sao
igualmente diferentes

discrepantes
intransigentes

entretanto
contudo
quase sempre

atrevidamente iguais


(agosto - 1993)

Saturday, June 30, 2007

Sal Sem Sangue





Voce quis ser transparente
Como o sal
Sal não tem sangue
Por isso e' cristal
Mineral
Frio
Salgado
E boçal

Voce e' quente animal
Não sabe ser cristalino
Nem que fosse aquele menino
Que mataram no carnaval

No teu sangue tem sal
O sal nao tem sangue
Tenho que dizer isso
Mesmo que voce se zangue:

Voce não nasceu debaixo do sol
Por isso não pode ser sal

Apodreces debaixo do ceu
Por isso eres homem

Assassinastes um menino
Pobre vadio

Ele era um prisma da sociedade
Por isso vivia so' vagando pela cidade

O sangue dele fertilizou aquela calçada
Em frente daquela igreja

Para que agora todo mundo veja
BBC, CNN, Globo e SBT

Aquele sangue cristalino
Como sal

Debaixo do sol
Apodrecer

Debaixo do ceu
Evaporar

(Arraial do Cabo - 1994)

De baixo


De baixo do ceu da boca
Uma estrela cadente

De baixo do guarda-chuva
Uma tempestade latente

De baixo dos caracois a com lesma
Aquela rima mesma

De baixo dos lençois
Muitos colchões

De baixo do teu nariz
Um enorme chafariz

De baixo do cobertor
Apenas muita dor

De baixo daquela ponte
A metade do horizonte

De baixo da floresta tropical
Cemiterios de cal

De baixo da mesa
Uma enorme moça obessa

De baixo do sapato
Do Pato
Do ato
eu to
Oh!?

De baixo...


(Arraial do Cabo - 1994)

Friday, June 29, 2007

O menino de rua que morreu era loiro e tinha os olhos azuis











Beleza inconfundivel
E' teu olhar de criança
Se pode ver ate' o fundo
Um ar de inocencia
Perdido em eternas lembranças

De tudo que sofrestes
Desde que te abandonaram

Agora sozinho debaixo da marquize
Jogado como um trapo
Não eres outro negro ou mulato
Conservas o tem olhar de menino

Violado,
Drogado,
Despido
E cuspido

Desejas morrer
Não sabes como

E se tornar um cupido

Sair por ai' flexando
Corações amargurados
Para ver se amam
Outros que como tu
Continuam desprezados

(Bolivia-oct 1992)

Friday, June 22, 2007

Quem dança










vc dança com a vida
ou a vida dança com vc?


ou vc e a vida dançam
num tango-bolero
mixto de gafieira
na corda-bamba?

ou quem sabe
ambos sambam
sem saber
que tudo era
apenas
musica
decifrada
em passos
magicos...

Saturday, June 16, 2007

...








se felicidade quando vem em em dobro...
por que nao tambem dores de cabeça...

Sunday, June 10, 2007






vc nao nasceu
com chapeu na sua cabeça...
vc nao nasceu
com cabresto que te guie...

se paramos pra pensar, todas as religiões
que de alguma maneira tentam guiar pessoas
em algum caminho de salvação ou iluminação.
Adota algum tipo de chapeu... isso sem excluir nenhuma...

diretrizes fashion a parte tudo nao passa de uma grande galhofice.

afinal nao nascemos de chapeu,
os chapeus, as carapulças e cabrestos,
adotamos ou somos obrigados a usa-los em algum momento de nossa vida.


abraçe a liberdade de pensamento...

Anima Mundi

Intriscicamente por dentro
Levas a energia dos quatro elementos
Ninguem sabe por que

Inteiramente por fora
Eres neutra

Escondendo de todos
Quando iras embora

Que eres então
Quero saber
Como...

Minha vista sobre tu
Desejo

Uma vez finda minha vida
Saberei

Se buscas outro ser
Para escondida habitar

Se me divides
Por mais de uma
Coabitar

Enquanto vivo
Sofro
Por não saber

Possesso
Quero entender
Esse processo

Se eres o que penso
Ou pura fantasia

Alma




Dueto















Duas meninas que se amam
São como plantas que se tramam

Julgando mundo
Planta e bicho

Alma criança
Que se espanta

Duas mulheres que se cantam
São como partes de um drama

Jogo preguiça que se atiça
Num castiçal de pedras falsas

Duas donzelas que se tecem
São dez mortalhas pelo avesso

Tocam na morte da inocencia
Incendeiam os que creem crenças

De velhas igrejas
Pedras ocas

Das orações
De muitas bocas

Duas velhinhas que se beijam
São flores murchas que se tocam

Fim do caminho
Trocam mortas

Os sortilejos, realejos
Percevejos e cheiro de morfina

Para no fim no epitafio
Crer sido amado; Anastacio...

(Arraial do Cabo-1996)

Manhattan Ta' ! (ManRata' Ta' !)









Mais uma noite avança
Na cruel,
Barrulhenta,
Suja,
Sedutora e
Nojenta

E apenas uma duvida me ataca...
Que roupa vou vestir amanhã
Na outonal Manhattan?

Barata
Batata
Sandwich
Chuleta e
Zapata

Mas apenas uma duvida...

O que vestir amanhã em Manhattan

Dias de sol
Com um feio cortante
Fico pensando

Baratas de Manhattan gritam?
Batatas sao amassadas e nao gritam...
Chuletas e sandwiches são consumidos
Por New Yorkers famintos na hora do lunch
Zapata aqui nao seria revolucionario
Teria sido seduzido pelo Eldorado.

Ilusoria revolução de vida
Expremidos no subway
Esperam a proxima estação
Apenas para mudarem de roupa


(New York - out 1995)

Almost A Fairy Tale With A Bitter End








Sad
End
Of
The
Happy
Fish
Who
Dreamed
To
Be
In
The
Big
City



Não eres pior por seres branco
Não eres melhor por seres negro
Não eres mediocre por seres amarelo
Não eres tão picante por seres vermelho

Todos os legumes sao iguais
Foram gerados pela mesma terra
e fertilizados pelo mesma merda.

Nunca penses que eres uma leguminosa de melhor estirpe
Tão so' por que fostes parar num prato na mesa da Rainha...

Sairas pelo mesmo buraco
que qualquer um dos que humilhas.

Iras com o mesmo influxo de aguas
pro fundo da privada
que qualquer dos vegetais
teras o ceu
que mereces
ou não

ou o inferno que
reservastes

( nj - june 2007 )

Saturday, June 9, 2007

Lo Que Soy Lo Que Soy Lo Que Soy Loco Lo Que Soy





Quita el misterio de mi ser
Saca de mi la duda
Que siempre existio en ti

Revela la ligereza de mis palabras
Intenta probar lo etereo de mi razon
Solo una palabra y encontraras
El ultimo eslabon
Del rompe cabezas
De mi corazon

Respira hondo
Traga el aire que yo respiro
Embriagate de mi pensamiento

Trasnocha conmigo
Descobre por que soy asi
Esclavo del insomnio,
Amigo de los olvidados,
Loco con los insanos
Sabio y prudente
Como los ancianos

!Despues de saberlo todo
No lo cuentes a nadie
Quiereme o dejame
Pero siempre sienteme!

(Bolivia - 1992)

Abjeto Ebjeto Ibjeto Objeto Ubjeto






O objeto abstrato
Do desejo
E' a paixão
Concreta desejada

Em movimentos
Languidos seguidos

Com palavras
Nem sempre pronunciadas

Olhares cruzados
Confirmados
Sem miradas

Cabeças
Que se tocam
Sem beijos

Sentindo o cheiro
De um corpo
Que não esta' la'

Ouvidos
Que escutam
Sussuros
nao falados

Atentos
Por gemidos
Calados

Pelos medrosos
Que por temor
Nunca amaram


(Santa Cruz de la Sierra - marzo 1993)

Friday, June 8, 2007

Deu no cano


Ouro dos templos
Dourado dos tempos

Riqueza dos pobres
Pauperidade dos bem nascidos

São coisas
Que vejo
São coisas
Que vivi

Quisera viver
Sem saber
Que devo esquecer
Tudo isso

Desejei viver num tempo
Onde tudo fosse diferente
O ouro não valesse tanto
E as pedras das ruas
Valessem mais

São elas que sedimentam o chão
São elas que atiramos
Naqueles que condenamos
Por isso valem mais

E esse deus que nos reinventou
Deve ser um brincalhão
Deve se divertir
Vendo como complicamos a criaçao
Suposta obra saida de suas mãos

Vem andar com a gente
Vem outra vez viver
Como vivemos

Não fechado
Numa caixa dourada
Onde nossas esperanças
Foram roubadas

Arrazada pelo mercenarismo
Dos teus ministros
Esses malditos sinistros

Quero crer que vivem
Aquilo que falam
Não que retrocedemos
Aos teus inimigos fariseos
Insensatos ateus

Não deixaram de existir
Apenas mudaram de nome e religiao
E agora com mais força usam teu nome em vão

Torcem tuas palavras
Quebrantam teu povo
A grandes patadas

Como se fossem
Mula
Burro
Jumento ou
Cavalo

No meio de tudo isso
Me pergunto:

_Quanto valho?
Não sou ouro
Nem pedra ou prata
Não vivi tanto tempo

Sou um pobre
ateu que cre em deus.

(San Ignacio - Marzo 1993)


Viagem de mim


Viajei para longe

Tão longe

Que cheguei a me perder

Me perdi de mim

Se voce me encontrar por ai

Diga que estou aqui

Me esperando

(Yacuiba - Dez 1992)

Talvez todo dia uma poesia...




Sensações Futuras Não Existem

Dormi pensando:
O que escrevo não e' para mim
E' para um tempo
Que nao e' meu

E para amigos
Que não conhecerei

Mas que me conhecerão
Mas que eu
A mim mesmo

Não sou para o agora
Nem para o passado
Não sou para o futuro

Isso te causa espanto?
Desconfiava que eras tonto...

Havera' microchips
Que albergue uma vida?

Havera' razões
Que estavelecerão moradas?

Verão verões
Depois que explodir a bomba?

Verei tudo isso
Sabendo que cada linha
Continha veneno

Contarei estatico
Como uma estatua
Reações outras
De outros
Que não são meus

Quiza em algum planeta

Depois que se esgote a primeira

Depois da segunda edição.

( oct - 1993 )